É lamentável, meu caro.

“Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.” ((Clarice Lispector))

Não sou do tipo que bate na mesma tecla várias vezes, se tem um defeito que tenho é não ser persistente. O que sinto pode ser intenso como for, pode ser incontrolavelmente abusivo e entorpecedor, mas ele não é intensificador, não vai jamais, além de onde deve ir, não dura mais do que deve durar. Sinto, mas não sei se daqui a pouco continuarei sentindo, repito: Sou inconstante. E não há nada nesse mundo que me faça perder o juízo pra correr o risco de perder coisa alguma. Às vezes sou infantil, mas não sou insensata. Há muitas coisas que aprendi na estrada. [ Não sou mais de me contentar com o meio-termo, eu quero o exagero!]
- É lamentável, meu caro, insistires em evasar-se de mim, como forma de tentar me livrar [talvez me livrar de sofrer, de chorar]. Me sinto um bicho papão! :-/
Preocupação à toa a sua! >> "Eu por final sei meu lugar [sempre!]"

"Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar." Clarice Lispector
(Rum! Tow ligada q esse meu texto tá doido, mas é assim msm! kkk)