domingo, 11 de setembro de 2011

sobre a saudade...

Ando tão eu com Deus ultimamente, que não tenho precisado de mais nada nem ninguém. É algo bem parecido com a sede ou fome que se tem de estar com alguém dantes longe e agora pertinho novamente...
Mas é estranho perceber cruamente que não tenho procurado os meus amigos pra conversar, passear, gargalhar... e que não tenho sentido falta disso, não tenho sentido a falta deles. Só tenho respondido a estímulos. Tá tudo bem assim.
E não pense que é tristeza. Não é, pelo menos eu não a diagnostiquei. É só uma quietude, uma espécie de plenitude. Não sei.
Mas confesso que ando um tanto preocupada com isso. Penso no que meus amigos irão pensar dessa minha inexplicável ausência, reflexo dessa ausência de vontade. Vontade que não perpassa a de estar aqui sozinha com Deus matando a saudade e curtindo o vazio que me fez chegar até Ele. E tá tudo bem assim. Meus dias têm sido blue!
Como diz Clarice que a "saudade é como fome e para matá-la é preciso comer a presença" assim tenho sentido e feito. Não quero nada a interpolar a matança da saudade que outrora senti de estar de bem com Deus. E é uma fome tão grande que a saciedade preenche as tantas outras fomes.
Correria o risco de perder muitas coisas, mas eu gostaria de permanecer assim. Mas posso constatar a verdade de que isso não vai durar. Oh, mas quem sabe dessa vez eu fico ligada e saiba manter bem bem bem por perto Aquele que se mostra o único que me entende e me traz uma companhia silenciosamente doce.
Talvez eu tenha querido isso: uma real compreensão dentro de um silêncio...
E agora tudo tem estado bem assim.

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