Mas em momentos como este, em que sem querer me lembro daquele olhar castanho-claro, me olhando daquele jeito doce e triste... Pergunto por que não ele? E eu?
Talvez eu seja louca ou masoquista. Ou talvez eu só sinta uma afabilidade inexplicável por aquilo que grita em silêncio, que pede abrigo sem falar... que só quer ser compreendido.
Eu quis. Eu quis ser aquela que vai olhá-lo com amor e paciência e graça... que vai acariciar seu rosto e beijar-lhe a boca, o nariz, a testa, o olho... Eu quis ser aquela que vai fazer cafuné naqueles cabelos lisos e quase loiros... Eu quis ser aquela que com as mãos vai plantar um sorriso em seu rosto, que vai sempre dizer que ele fica mais bonito quando sorri...
Eu quis ser o que eu nunca quis ser para ninguém. Mas por que não fui? Porque não fiz tudo isso enquanto estive com ele?
Talvez eu também precisasse de algo naquela época. Talvez eu também precisasse de paciência e compreensão...
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