Não faz sentido. Não faz sentido, eu sei.
Eu escrever, e te dizer sobre isso.
Mas...
Sou uma aspirante a escritora, que escreve quase sempre sobre fatos reais.
Então...
Sei que não sou perfeita. Sei que posso perfeitamente não me enquadrar num perfil pessoal, emocional, sentimental ou vital que qualquer pessoa possa ter de si ou para si.
Não é difícil entender o desprazer ou o desencanto ou até mesmo a frustração ao conhecer alguém...
Principalmente quando passo por isso.
Vejamos, na calmaria dos dias, às vezes me pergunto como posso ter me identificado com você, e você comigo, não. Passo a questionar sobre o quão real foi. Real, não ideal. Suspeito haver linhas muito tênues entre a verdade, a ilusão, a idealização e a mentira. Mas receio que todas vão permanecer no campo da abstração, neste caso.
O fato é que tudo se dissolve em mais uma unidade de afeição quando percebo tantos caras a ver em mim o que não vejo neles. Quando tenho a minha calmaria interrompida com um 'whats' ou 'messenger', e viro os olhos pensando "ai, que chato!", cai a ficha de como posso ser impertinente ao puxar papo com você.
Que ridículo, e ao mesmo tempo humilhante e normal! Eu ser vista por você como vejo esses caras afim de mim, uns chatos que não cansam e não desistem, e que não podem me ver sozinha. E com os quais sou legal (talvez até demais), e gentil, porque afinal, não tenho nada pessoal contra eles. Só quero que me deixem ser solteira. Porque estar solteira não dá cabimento a qualquer um. E digo "qualquer um" no sentido restrito de afinidade. E não deixa de ser pretensão minha, pois vai ver alguns deles só gostam de mim, de conversar e rir.
Penso no quanto aprendo por observar o que se passa comigo e os outros, com os outros e eu, e com os outros entre eles. Seria ainda melhor se eu não fosse tão lenta nesse aprendizado. Mas creio que sempre é tempo. Certas coisas acontecem o tempo todo, várias vezes. E só é diferente se rolar conexão
Lembro que certa vez li isso e caí na risada “Quando não gosto de um cara e ele me acha a misteriosa, me cai a ficha de como a gente é idiota quando tá do outro lado.” (Tati Bernardi), hoje leio e não acho mais graça. É revelador demais.
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