domingo, 5 de julho de 2015

Sobre o tudo de novo...

Os quarenta últimos poemas o envolvem, falam dele ou para ele. Os meus pensamentos dos últimos vinte meses foram dele. Um dos meus mais fortes desejos nesse mesmo espaço de tempo foram ele. Sonhos, leituras, palavras... tudo parecia conspirar para justificar o que saiu do meu controle: a emoção.

Tentei de todas as formas: oração, jejum, distância, conselhos de amigos. Nada adiantava. Tentei sempre conversar comigo e me convencer de que isso que sinto é sem porquê. É um erro, um desprazer. De nada adiantou.

Tanto tempo de luta. Se era mesmo para perder, antes tivesse sido antes.

Esse tipo de coisa acontece o tempo todo, todos os dias, todos os meses, todos os anos; com dezenas, centenas, milhares de pessoas. E por que eu acreditei que porque eu sentia esse sentimento ele vingaria? Por que eu me senti tão especial assim?

Sou mais uma nas estatísticas dos desiludidos. Que tiveram que ver seu sentimento incorrespondido.

E eu que tinha jurado não me sentir assim novamente! Or! Aqui estou... mostrando pra mim mesma que nada sou, além de um ser vivente, emotivo e vulnerável.

E o pior não é esquecer. Tantas vezes já fiz isso!

O pior é esquecer o que se acreditava ser de verdade por ser tão incompreensível. Singular. Novo. E o fervor que faz o coração queimar, escorre nas lágrimas quentes que rolam pelo rosto.

É tão difícil ter de desistir.
É tão difícil estar pronto e aceitar o que não há de ser.

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