quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sobre o amor...

        Antigamente eu pensava que amor para ser real tinha que ser eterno; que só se podia amar uma vez para ser verdadeiro. Mas ao longo dos anos percebi que não. É como diz o verso "O amor não é eterno, eterna é a capacidade de amar." Eu amo quem eu não quero mais. Com toda certeza do mundo eu amo aquele homem de quem lembro com tamanha saudade na qual cabe todo o bem que ele me fez! Eu amo aqueles olhos pequenos, mas expressivos; amo aquele sorriso; eu amo aquele abraço-casa que de tão aconchegante me parece de mãe. Eu amava saber que eu tinha para onde ir. Ele era meu porto seguro, minha "terceira perna" nessa vida. Ele é aquele ser que eu só vejo perfeito, mesmo ele dizendo que não é, mesmo eu sabendo que não é. Com meus olhos e coração eu o vejo num pedestal, mantenho-no numa redoma fundada em tudo que ele significa pra mim. 

       Eu sei que nunca, nunca vou encontrar uma pessoa igual a ele e por isso dele sempre vou lembrar com saudades. Não há de existir para mim outra pessoa tão como ele: tão paciente, tão respeitoso, tão cheio de amor e ternura. Não há! Mas sei que isso não é o bastante para me fazer querer no tempo voltar. Talvez se isso pudesse acontecer, eu fizesse a mesma coisa, amasse só por amar, sem pertencer... ou fizesse diferente. Mas o que tinha de ser, foi. E tem sido, e será. Ele é aquele que posso dizer que amo, aquele que só vi com olhos de amor e por quem eu sei que fui vista assim também. Mas sabe, acredito que nem sempre ficamos com quem amamos. E isso nem sempre é tristeza ou dor. Fico feliz por ter tido na vida alguém que por um longo tempo se importou e cuidou de mim: me ouvindo, me absolvendo, me amor[tecendo]... E eu sei que o amarei para sempre, mesmo que eu não o queira mais.


29 de novembro de 2017

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