Quando me percebo em dias tristes como estes em que estou vivendo, posso me aproximar ainda mais da percepção de que deixar alguém entrar não é decisão fácil, e cada vez fica menos fácil. Pudesse eu ser menos emotiva, com certeza as coisas não teriam o peso do tempo, o peso do vazio, o peso das marcas, o peso do medo... Eu tenho um medo absurdo das pessoas, como se eu já soubesse que elas vão me deixar, e por isso, não quisesse deixá-las entrar. Mas percebo também que depois de umas idas, generalizei; e hoje eu é que não faço nada pra elas ficarem, passei a não fazer questão, e elas de fato, se vão, uma após a outra.
Não sei ao certo, por qual despedida eu deveria lamentar, se por todas, se por algumas... Mas o fato de eu ser assim é que me causa essa dúvida. Sei que preciso viver, me abrir, me doar, demonstrar o que sinto, fazer o possível, quem sabe até o impossível. Esgotar as possibilidades, pra não deixar espaço para o "E se...". Mas mesmo sabendo disso, nada disso eu faço. E por quê? Talvez seja essa minha memória fraca que me faz esquecer o que já vivi, e a decisão que tomei de não mais ter certas posturas.
Não há nada nesse mundo que eu anseie mais do que a sabedoria. Porque quando você passa a vida errando, e só tentando acertar, você sempre perde, e estou cansada disso. Cansada.
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