domingo, 20 de abril de 2014

Sobre o meu status de relacionamento...

Quer saber qual é o meu problema? Vou dizer!

O meu problema é me amar demais. É isso: me amo demais. Me amo demais para me sujeitar a relacionamentos fadados ao fracasso ou cansaço emocional. Também me amo demais pra ficar com alguém que não corresponda ao meu ideal.

Mas sobretudo o meu problema é ser interessante para os bons moços e para os maus, mas só me interessar pelos maus. Eis o meu maior problema: eu me amo, mas tenho mau gosto.

No entanto, eu não vejo como isso pode interferir na vida das pessoas, em geral. Não consigo entender como meu status de relacionamento pode ser tão relevante para a vida de alguém que não seja eu mesma. Ora, eu é que deveria estar bastante preocupada com a minha "solteirice", e veja só que coisa: eu não estou tão preocupada quanto muitos por aí! E isso é muito curioso.

Eu estou sozinha porque não busco companhia, eu busco alma. Eu não procuro só um homem, eu procuro um homem com ideologia, sonhos e planos parecidos com os meus. Eu não busco realismo, eu busco romantismo. Eu busco a poesia de viver a vida com alguém que a enxergue como eu. Eu não busco beijo na boca e sexo selvagem, eu procuro um par.

Carência física pode se matar com qualquer um. O espaço vago ao nosso lado pede alguém especial, cuja especialidade não se restringe ao tátil, mas ao abstrato.

Sei que corro o risco de continuar sozinha, se continuar pensando assim. Sei também que posso mudar de opinião, e amanhã me tornar mais uma dessas mulheres que ficam com seus namorados ou maridos para não ficarem sozinhas, porque a sociedade exige que tenhamos alguém. Eu posso simplesmente estar condenada a minha idealização ou posso me libertar dela para me aprisionar ao mundo das aparências e conveniências. Ou até mesmo posso me libertar da minha idealização e ser livre!

O que sei é que não exijo cor, aparência, status, ou coisa do tipo. Eu exijo espírito! Um espírito bom, afável e sincero. E não creio que isso é querer demais. Mas acho que realmente preciso olhar com mais carinho para os lados, porque tô sabendo que muitas vezes o válido se faz quieto. Eu só preciso desacelerar.

Além do mais, eu reconheço que preciso ceder; reconheço que perfeição não existe. Nem a quero. Suspeito até que eu não saiba amar, ou não me permita a isso, assim como a ser amada.

O que sei é que pode ser que eu conheça alguém que não seja tudo isso que eu quero e espero, mas que vai me conquistar; que vai me fazer acreditar que vale a pena. No fundo é isso que eu quero: alguém que tenha defeitos, mas que valha a pena estar ao seu lado, e relevar todos os defeitos. Alguém que me faça querer dar o meu melhor. E quando esse alguém surgir, eu não o deixarei escapar, e serei mais feliz!

2 comentários:

  1. O POVO ESTÁ SEMPRE A FORÇAR OS DESTINOS DAS PESSOAS. É O QUE EU CHAMO DE " SÍNDROME DE ARENA".O POVO LHE CONSTRANGE A SEGUIR O QUE ELES QUEREM E ASSISTEM DE CAMAROTE O DESENROLAR DA SUA VIDA, GERALMENTE TORCENDO PARA QUE VENHA A DAR ERRADO. É O QUE ACONTECE NA FÁBULA " O VELHO, O MENINO E A MULINHA".
    QUANDO VC ESTÁ SOLTEIRO, ELES LHE COBRAM O CASAMENTE. DEPOIS DE CASADO, ELES LHE COBRAM UM FILHO, DEPOIS, ELES LHE COBRAM O SEGUNDO FILHO...E NUNCA ACABA...

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    1. Isso mesmo, Jansen! E eu resisto a entrar nesse jogo social. Anseio por realizações pessoais/emocionais, mas não para satisfazer o interesse dos outros. Por isso digo que nesse sentido se o interesse e a preocupação não é amigável, melhor que esteja cada um no seu quadrado. Obrigada pelo comentário! Abraço!

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