Estar beirando a loucura deve ser onde me encontro nesse instante. Não sei de nada, não entendo nada. Poderia entender, se não pudesse sentir. A pior loucura não está na falta de razão, acho que a pior loucura habita na guerra entre a razão e a emoção. E a memória só contribui ainda mais: fazendo com que somente as lembranças boas venham à tona, a todo instante, perturbando meus pensamentos e tirando a minha paz.
Paz. Dizem que onde há o certo, há a paz. Então se estou certa por que não a sinto?
Acho que essa paz está por vir. Talvez ela ainda não tenha chegado por causa do meu desejo de que tudo fosse diferente, talvez daí haja a falta de paz. É que eu luto com a verdade, quero defender a verdade que não existe.
Penso que eu já vivi isso antes, e eu não estava certa. Mas lembro também que para chegar a essa conclusão, um longo tempo se passou. Cheguei a uma altura em que não confio mais em mim. Tenho a impressão que minhas verdades mudam com uma velocidade incrível. Agora tenho achado que a verdade é positiva, mas provavelmente logo depois, acreditaria no contrário.
Sempre esboço o desejo de viver o amor, mas frequentemente prefiro me ver só. Se tudo parece tão difícil, a cada experiência que se passa, não fico madura, só mais confusa, e descrente. Enquanto esse meu medo existir, eu sempre abortarei tudo. E eu estou cansada disso, porque não me basta a consciência de que preciso parar de temer. Eu sempre tenho medo, e firo, e fujo. E a confusão que faço é tão grande que não sei onde fica o limite de "culpa" do que acontece. Receio reconhecer que recai só sobre mim.
E eu só quero paz. Porque pr'aquilo que não dá pra mudar, não há que se lamentar. Só quero paz.
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